A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) destaca a importância dos cuidados com a saúde do idoso relacionados ao coronavírus, cujos agentes infecciosos provocam sintomas similares a outras doenças, como o influenza, comum na população idosa.
Iniciada na China, a doença é causada pelo novo coronavírus, SARS-CoV-2 e denominada COVID-19.
O vírus faz parte da família que causa infecção respiratória.
A infecção se comporta de modo parecido a uma gripe comum, mas sua disseminação se mostra muito mais rápida e se manifesta mais gravemente.
Em pacientes com quadros de saúde já sérios – como diabetes, hipertensão, problemas respiratórios, cardiológico, renais – o quadro tende a ser mais severo, e por isso, a implementação de algumas medidas é fundamental.
Quais são os sinais e sintomas?
- Febre (≥ 37,8ºC)*
- Tosse
- Dificuldade para respirar
- Dor muscular e fadiga
- Sintomas respiratórios superiores
- Sintomas gastrointestinais, como diarreia.
*A febre pode não estar presente em alguns casos excepcionais, como crianças, idosos, imunossuprimidos ou pessoas que utilizaram antitérmicos. Portanto, a avaliação clínica e epidemiológica deve ser levada em consideração.
Como ocorre a transmissão?
Conforme as informações atuais disponíveis, sugere-se que a transmissão pessoa a pessoa do novo coronavírus ocorre por meio de gotículas respiratórias, que são expelidas durante a fala, tosse ou espirro e por contato com as superfícies contaminadas por essas gotículas.
Qualquer idoso que tenha contato próximo (menos de 1 metro) com uma pessoa infectada (estando com sintomas ou não) está em risco de ser também infectado e apresentar um quadro grave de infecção pelo vírus.
Ressalta-se que sendo um microrganismos novo no mundo, com poucas evidencias sobre ele, as informações descritas podem ser alteradas a qualquer momento, conforme novas informações estiverem disponíveis.
Como o vírus se comporta em idosos?
A nova doença respiratória apresenta letalidade elevada na população idosa (pessoas com 60 anos ou mais), por isso, as Instituições de Longa Permanência Para Idosos (ILPI) devem implementar medidas de prevenção e controle de infecção para evitar ou reduzir ao máximo que os residentes, seus cuidadores e profissionais que atuem nesses estabelecimentos sejam infectados pelo vírus e, mais significativamente, reduzir a morbimortalidade entre os idosos nessas instituições.
As medidas mais eficientes para prevenir a infecção pelo coronavírus passam por aquilo que chamamos de etiqueta respiratória. Sendo as principais:
- Lavar bem as mãos com sabão até os cotovelos, sem esquecer de esfregar entre os dedos.
- Utilize álcool 70% para substituir a lavagem das mãos ou até para finalizar.
- Em ambiente público, evite passar a mão na boca, olhos e nariz já que o vírus é transmitido por vias aéreas e pelo contato com secreções respiratórias.
- Manter limpos os ambientes. Higienizar superfícies, móveis e até o celular com produtos desinfetantes.
- Prefira não cumprimentar as pessoas com beijo no rosto. O contato próximo e a saliva devem ser evitados.
- Estar com vacinas contra gripe em dia.
O distanciamento social é vital para as pessoas vulneráveis
Dada a dificuldade que os idosos têm para controlar a infecção viral, a melhor opção é, desde o início, evitar ser infectados.
E é aí que a ideia de distanciamento social adquire importância, em especial no que diz respeito à Covid-19.
O vírus que contagia principalmente pela tosse, que pode espalhar pequenas gotas de saliva que contêm vírus.
As gotículas mais pesadas caem rapidamente no chão. Gotas muito pequenas secam.
Gotas de tamanho intermediário são as mais preocupantes, porque conseguem flutuar no ar mais de um metro antes de secarem. Essas gotas podem ser inaladas e entrar nos pulmões.
Manter uma distância de pelo menos um metro e meio de outras pessoas ajuda a reduzir significativamente o risco de ser infectado por essas gotículas de aerossóis.
Mas ainda existe a possibilidade de o vírus contaminar as superfícies em que a pessoa infectada tocou ou na qual tossiu.
Consequentemente, a melhor maneira de proteger idosos vulneráveis e as pessoas imunocomprometidas é ficar longe delas até que o risco desapareça.